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Batalha com o bolor da humidade nas paredes e tectos: Uma jornada pessoal

Como tantas casas por aí, também eu estou a lutar com manchas de bolor nas paredes e tectos.

O bolor de humidade é um problema comum em muitas casas, especialmente num inverno particularmente chuvoso, como o que tivemos. Se também estão com bolor nos tectos e paredes… não estão sozinhas/os.

Este fungo pode causar uma série de problemas de saúde, como alergias, asma e até mesmo problemas respiratórios mais graves. Por isso, é um problema a resolver

Neste blog post vou compartilhar a minha jornada pessoal, os produtos que tenho utilizado e os problemas com que me deparei. Porém, aviso já que não tenho soluções milagrosas. Este é um relato honesto da minha experiência pessoal ao longo dos anos.

Causas do bolor nas paredes

As causas mais frequentes do bolor nas paredes e tectos são: infiltrações e condensação.

As infiltrações são um problema óbvio que não carece de explicação. Já a condensação, ocorre quando o vapor da água presente no ar (por exemplo de cozinhar ou banhos) entra em contacto com as paredes e janelas frias, transformando-se em água líquida/gotículas.

Ora, os fungos adoram ambientes quentes e húmidos.

Por isso, temos bolor nas superfícies mais frias: tectos, portas, janelas e/ou onde há mais vapor como a cozinha ou casa de banho. Ou, pelo menos, é essa a minha experiência pessoal.

Como prevenir a humidade e o bolor nas paredes e tectos

Quando o problema é a condensação, os métodos para para prevenir o bolor, passam por remover a humidade do ar e isso pode ser feito com desumidificadores, arejando a casa e/ou diminuindo a diferença de temperatura entre o interior e o exterior.

Por outro lado, podemos prevenir o bolor com tintas antifúngicas ou aditivos antifúngicos para tintas.

Métodos que testei e utilizei para eliminar bolor das paredes e tectos

Lixívia diluída

Ao longo dos anos, testei diferentes graus de diluição de lixívia em água para lavar bolor de tectos e paredes, mas sempre com danos para a tinta (ver resíduos de tinta no pano é uma boa pista). Tentei borrifar, mas a aplicação não era uniforme (um problema comum na utilização de soluções com borrifador.

Água Oxigenada (1 parte de água oxigenada + 8 partes de água

Esta “receita” para um tratamento caseiro, que não fosse tão agressivo como a lixívia, foi uma dica de uma leitora (obrigada, Júlia) e fucionou bastante bem.

Apliquei com panos (farrapos), sendo que tecidos de toalhas funcionam muito melhor. Há que mudar a água com frequência e lavar os panos, mas não é difícil fazê-lo apenas com água.

Não conseguiu limpar danos de anos (culpa minha) mas tem excelentes resultados.

Não utilizei qualquer filtro para editar a foto e tive o cuidado de tirar a segunda foto assim que limpei a secção para não haver grandes mudanças na luz. 

Gel sanitário

A dica não é minha, mas da Assunto Arrumado no Instagram. Por acaso (a vida tem destas coisas), descobriu que o gel sanitário do Aldi era excelente para limpar manchas de bolor nos tectos. Não é preciso esfregar, basta aplicar e aguardar que faça efeito.

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A foto não é das melhores, mas  penso que ilustra os bons resultados. Tentei fotografar a diferença no tecto, mas não consegui se se visse bem na foto.

Não resolveu numa zona com manchas mais profundas, mas na generalidade, parece-me funcionar bastante bem.

Para mim, existe um bónus acrescido que é o facto de ser um gel e por isso não pingar tudo por cima de mobília, como acontecia, quando usava água com lixívia ou com água oxigenada.

Removedor de bolores e fungos UHU

Depois de ter comentado sobre a minha batalha com o bolor em tectos e paredes, várias pessoas me recomendaram um produto da UHU. Existem duas versões, uma com cloro e outra sem cloro. Eu experimentei com cloro e os resultados são imediatos.

Infelizmente, a médio prazo começam a ver-se os danos na tinta. Mas para utilizar em janelas, postigo e portas de alumínio lacado, é o meu preferido. Uma aplicação e está resolvido, a longo prazo.

Outras/os leitoras/es recomendaram outras marcas semelhantes como Siri ou CIF Bolores.

Mesmo no tecto, o resultado a longo prazo (anos) é evidente: só apliquei no inverno de 2021 e podem ver que continua a ver-se a diferença.

Parei de utilizar porque começou a “puxar” a tinta do tecto. Mas isso não é culpa do produto, mas do facto de ter sido pintado sem primário (um diagnóstico que tem adiado a pintura… simplesmente não estou para lidar com isso, neste momento).

O problema volta a ser a aplicação com borrifador, de um produto que é mais espuma que outra coisa e que é muito difícil de aplicar em tectos.

Mas é inquestionável que funciona. Na primavera de 2021 fui a uma parede exterior de uma casa vizinha com muito verdete. Apliquei um pouco, num canto, para testar na tinta. Não houve quaisquer danos e até hoje, há uma mancha limpa, nesse local.

Qual é o melhor?

Depois de apresentar os resultados obtidos com cada método, imagino que a questão é: “qual o melhor”?

Infelizmente, todos têm os seus prós e contras, como descrevi.

Os meus planos estão muito ligados a problemas só meus – infiltração que tenho de resolver com quem me substituiu o telhado (antes de pintar) e uma má aplicação de tinta num tecto, para a qual irei procurar aconselhamento numa loja de tintas.

Sem precindir, continuo com problemas noutras áreas, e nas próximas semanas o meu plano é o seguinte:

  • Produto UHU: nos locais em que já estraguei a tinta (perdida por 10, perdida por 1000), janelas e postigos;
  • Aditivo antifúngico para tintas (aceitam-se sugestões): como já tenho tinta, vou optar por um aditivo, quando voltar a pintar.
  • Mistura de água oxigenada: para paredes, por ser de mais fácil aplicação e menos agressivo para a tinta, que as outras opções.

Em resumo, prevenir o bolor é a melhor opção. Quando isso não é possível, há vários métodos que podem ajudar a eliminá-lo. Experimente diferentes opções para ver qual funciona melhor na sua casa, mas sempre com cuidado ao manusear produtos químicos.

Limpeza da máquina da louça

Há algum tempo que ando com problemas na máquina da louça. Primeiro começou com uma fuga de água, que misteriosamente desapareceu, depois a lavar mal ou então a não secar no final.

Tentei tudo… limpar filtros, lavagem a quente, vinagre, lixívia…etc… ver se tinha alguma obstrução no cano… sem sucesso.

Finalmente, resolvi usar um produto específico de limpeza de máquina de louça, que tinha na casa da minha mãe.

E, pelo menos para já, parece que o problema está resolvido.

Isto não é publicidade à Finish. Era o que tinha à mão.

Mas a verdade é que tenho sentido que, ao utilizar o programa curto de 30 minutos e detergentes menos agressivos (ecolabel), isso obriga-me a uma limpeza mais profunda, de tempos a tempos.

Por isso já sabem, antes de chamar o técnico, o melhor é usar os produtos específicos de limpeza, para tentar eliminar os problemas mais básicos.

Preço do trabalho (reparação pelo preço de um item novo?)

Finalmente levei o grelhador para reparar porque… confinamento.

Custo da reparação: 23 €

Custo do grelhador, usado, há 2 anos: 25 € (ou 20€ ?)

 

A minha reacção quando me foi dado o preço foi de surpresa, que se adensou quando não vi qualquer substituição de peças (é de abertura fácil, por isso é que gosto dele).

 

O meu modelo já não existe na página da Flama, mas para ficarem com uma ideia, o modelo é o 440FL. Ou seja, um grelhador para custar 70 €, novo.

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Pedi a factura-recibo com descrição da reparação para efeitos de garantia. Recomendo que façam sempre isso.

 

Quando a recebi, não foi a descrição que me chamou à atenção, mas o valor sem IVA: cerca de 18 €. Na verdade foi isso que paguei ao/à técnico/a: 18 € para reparar um equipamento de 70 €.

 

Sei que a primeira ideia que virá à mente de muitas/os é que os 23 € dariam para comprar um grelhador novo, mas teria um grelhador com a mesma qualidade? E reparável?

 

Conheço um habitual das compras de ferramentas no Lidl. Quando avaria dentro da garantia, devolvem o dinheiro, nunca dá para reparar.

 

Podemos continuar a ignorar os custos ambientais e humanitário de consumir descartáveis?

 

Os custos de produzir um grelhador novo começam numa mina, onde são extraídos os metais para os seus elementos.

E mesmo nessa indústria de extração, têm (deveriam) de contabilizar todos os custos ambientais, depois de abandonadas as actividades.

Isso nunca é feito, e fica a população local com esses pesados custos.

 

Eu acredito no poder da acção individual dos consumidores nos ciclos de produção, por isso é importante para mim reduzir a minha pegada ambiental e procurar sempre a reparação, em detrimento do novo.

 

O meu grelhador está a funcionar.

 

Custos:

18 € para um trabalhador local

5 € para as finanças públicas

 

Como têm sido as vossas experiências de reparação de equipamentos e eletrodomésticos?

 

https://descontos.blogs.sapo.pt/4072233.html

3 avarias… três decisões (2)

GRELHADOR/TORRADEIRA

 

Há 2 anos comprei um grelhador + torradeira Flama, usado, por 25 €. Era exactamente a que eu queria: que abrisse completamente, com placas amovíveis para lavar, dá para arrumar na vertical, marca nacional.

Novo, custa entre 60€-70€.

 

Esta semana deitou-me a luz abaixo e deixou-me com o lanche a meio.

 

A minha primeira opção é sempre reparar, mas em termpos de pandemia, não me apetece  tratar disto. Estou optimista que seja uma reparação simples.

 

Vejo pão molhado no leite e muitas rabanadas, no meu futuro próximo. 🙂

 

https://descontos.blogs.sapo.pt/3998555.html