Hoje, aconteceu-me algo que me entristeceu particularmente.
Quando fui ao café, local onde ia quase diariamente e onde me perguntavam pela mamã, a proprietária pediu-me que esperasse um pouco para poder ir à casa de banho.
O estabelecimento estava vazio e aparentemente estava há algum tempo, porque ela não conseguia sair um minuto, sem fechar a porta. Esperou por alguém de confiança.
É um café onde todos se conhecem, mesmo que só de passagem.
O senhor do cão, os 3 reformados que se sentam sempre na mesma mesa, o senhor que mete conversa com todos a partir do balcão…
Deixei de frequentar o café, como tantos/as outros/as. Mas continuo a ir comprar sumos para levar para casa.
Uma forma de contribuir… um pouco.
A casa onde comprava o meu mel de eucalipto fechou. Hoje disseram-me que não reabre.
Vi outros estabelecimentos que não reabriram.
Outros que juram que não sobrevivem a um segundo fecho.
Por tudo isso (e não só), tenho privilegiado as minhas compras no comércio local, seja na padaria, mercearias, a carrinha do peixe ou a senhora que se coloca no muro, junto à padaria.
Para os supermercados, guardo coisas como queijo mozzarella, o meu leite, ou o cuscus.
Não é um equilíbrio fácil, mas prefiro a cautela, a um descuido que coloque a minha mãe em risco ou leve a um outro fecho total.
A fazer o que se pode, esperando que seja suficiente.
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