Uma das armadilhas do nosso cérebro, em relação ao dinheiro, é que associamos sempre a poupança ao mais barato, mesmo sabendo que isso não é sempre verdade.
Dou como exemplo uma situação desta semana: inadvertidamente, deixei acabar um medicamento que fica mais barato com comparticipação (se tivesse receita médica).
A caixa para um mês custa cerca de 5 € e a caixa para 3 meses custa 11,53 €.
A primeira opção da generalidade das pessoas seria: comprar uma caixa pequena e pedir a receita para o futuro.
Porém, eu sabia ser possível comprar o medicamento e pedir uma venda suspensa, que me permitiria levar depois a receita e fazer o acerto de contas.
Porém, é habitual a receita ser para as caixas de 3 meses e não para apenas um mês. Ou seja, se comprasse a caixa menor, não iria reaver o dinheiro da comparticipação.
Por isso, pedi a caixa maior porque é a que a médica costuma receitar e poderei reduzir os 11.53 € para o valor com comparticipação que ficará por €4,10 (se a memória não me falha).
Este tipo de mentalidade, poderá parecer óbvia, mas a realidade é um exercício que temos de fazer constantemente:
aquela embalagem é mais barata, mas tem menos doses,
posso gastar mais agora em stock de atum a 50% de desconto, mas irei poupar a longo prazo.
Estamos constantemente a contrariar o reflexo mais óbvio e isso traduz-se em esforço. Porém, é também um músculo que, se exercitado, facilita e até torna automática esta toma de decisões.
Acção:
Reflectir sobre a próxima compra e em como poupar dinheiro nesse(s) item(ns).
https://descontos.blogs.sapo.pt/3797565.html