Sempre que possível, tentei poupar sem sacrificar aquilo que gostava, embora isso nem sempre seja possível ou até realista.
É verdade que deixei de ir ao cinema com frequência, isso foi um sacrifício consciente. É uma das coisas que sinto falta: ir mais vezes ao cinema.
Por isso, activamente faço a rubrica “cinema em casa” para me recordar que ainda há muitos filmes que não vi e que posso ver a custo zero. Também posso pagar um mês de uma plataforma de conteúdos online (por exemplo se estiver de férias), quase o valor de um bilhete.
E se quiser mesmo, posso comprar um MeoCard que me permite ter crédito no videoclube sem ser cliente.
Em suma, tendo colmatar o sentimento de privação, procurando alternativas mais económicas.
Outro exemplo são os meus queridos livros.
Porque precisei de poupar, procurei alternativas para os livros novos a €20. Passei a comprar mais livros usados, primeiro em portais de venda de usados, como novos e a metade do preço, depois em alfarrabistas onde estavam ainda mais baratos e finalmente em lojas solidárias onde os compro a um preço irresistível.
O resultado é que nunca tive tantos livros em toda a minha vida, nem quando tive dinheiro para o fazer. A minha biblioteca está cada vez mais rica e já ultrapassa os 500 exemplares. E isto aconteceu quanto comecei a poupar.
Também nunca teria podido ter recheado as estantes das minhas sobrinhas, não fossem as oportunidades que encontrei em lojas solidárias.
Ou seja, ao tentar poupar, acabei por encontrar forma de aumentar exponencialmente o meu consumo.
Nem sempre uma vida de poupança é sinal de sacrifício. Frequentemente é apenas saber gastar os nossos recursos de forma mais estratégica.
https://descontos.blogs.sapo.pt/3441341.html