Muitas vezes tive de encontrar formas mais criativas de ter aquilo que não podia/devia comprar. Em especial, com as miúdas, tive sempre muita dificuldade em não exceder no consumo, até porque, sentia-me culpada por não poder dar mais, particularmente em tudo que tivesse relacionado com a escola.
Uma das estratégias de ter aquilo que não podia/queria comprar, foi fazer eu mesma alguns objectos de desejo.
Recordo-me que quando comecei, antes de utilizar plataformas de trocas, fazia imensos recursos escolares para a minha sobrinha mais velha.
Fiz o Livro das Fadas (google docs) inspirado num poema de Antero de Quental, que faz parte do Plano Nacional de Leitura para o 5º ano.
Embelezei-o com algumas imagens de fadas que encontrei pela internet em sites diversos, como por exemplo das Fadas Disney. Também adicionei uns factos sobre o autor e a impressão de algumas actividades relacionadas com fadas.
Lamento, mas deixo-vos com uma versão sem as imagens, pois já não me recordo dos direitos de utilização. Mas rapidamente conseguem arranjar algumas imagens para embelezar o vosso livro.
Outras coisa que fiz:
– jogo de memória, com nomes colectivos (Google Docs),
– palavras cruzadas sobre livros ou matérias, recorrendo ao crosswordlabs,
– livros para pintar simples ou colorir pelos números,
– livros de unir os pontos, etc.
Ou seja, entre o que queria fazer e o que já existia na internet, todas as semanas ia conseguindo algo.
Também comecei a utilizar o feltro e tecidos para fazer acessórios e decorar roupa básica.
E na fase em que todas as miúdas queriam ter uma Barbie sereia, eu fiz uma cauda de sereia para as barbies já existentes.
E que dizer das minhas miniaturas DIY, quando o Lidl as tornou uma moda?
Enfim, pequenas coisas que me ajudavam a afastar o sentimento de privação, que muitas vezes acompanham o “não posso”.
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