A ciência da coisa

Recordam-se de eu dizer, a propósito dos produtos de limpeza, que precisava da “ciência da coisa”? Pois bem, julgo que encontrei a “ciência da coisa” para a utilização de ervas do meu quintal.

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Plantas e produtos vegetais em fitoterapia

A. Proença da Cunha (doutor em farmácia) – Alda Pereira da Silva (médica especialista) – Odete Rodrigues Roque (licenciada em Farmácia)

Fundação Calouste Gulbenkien

 

Bendita biblioteca pública, porque este calhamaço de 700 páginas custa €30.00.

 

A primeira coisa que fiz foi procurar as plantas que possuo, porém nem sempre é fácil perceber a eficácia das diferentes formas de admininstração (óleo essencial, infusão,…). Fica a nota aos autores.

 

Relativamente ao alecrim:

 

“normalizador das perturbações digestivas ligeiras associadas a disfusões hipobiliares, flatulência, anorexia… em balneoterapia, como activador circulatório e anti-reumatismal” 

“infusão (10 min.): 1/2 a 1 colher de chá (2g) por chávena, 2 a 3 vezes por dia”

 

Gostei do “balneoterapia”. Já me imagino na banheira com alecrim, a cozer… tipo franga.

 

 

Entre outras informações, para cada planta tem: partes utilizadas, usos médicos, principais indicações, contra-indicações, efeitos secundários e toxixidade, formas de administração e bibliografia. Duas páginas para cada planta, tudo bastante sistematizado e conciso.

 

No que respeita à aveia, interessou-me bastante a seguinte menção:

“aplicação externa: em inflamações da pele, especialmente quando há irritação com coceira… balneoterapia: 100 g de planta para um banho completo. Ferver em 3 litros de água durante 20 min. e juntar o cozimento à àgua do banho.”

 

Também procurei a cerejeira, para ver se falavam dos caules das cerejas, que se guardam em casa dos meus pais:

“cozimento dos pendúculos: 30 a 50 g/l. Tomar 1/2 L por dia. Se os pendúculos não são frescos, macerar previamente durante 12 horas.” 

 

A ideia é encontrar, por exemplo, uma infusão que seja boa para a garganta, tosses, como alternativa ao elixir dentífrico e coisas do género. Não é tarefa difícil porque as páginas 653 e seguintes têm um índice de doenças/plantas.

 

Francamente, entre os livros que encontrei, este é o que me enche a medidas, pelo suporte científico que contém. Decididamente merece uma visita à biblioteca, se o tema vos interessa.

 

Não é minha intenção abdicar da farmacologia moderna, mas se ajudar, porque não?

 

https://descontos.blogs.sapo.pt/2852612.html

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