Decidi ir ao cinema (€5.40) e por isso passei a semana a brincar com os jogos IBonus, para ter cupões para um almoço no centro comercial.
Só gastei €1.50 num pacote de batatas porque o hamburguer foi grátis (100% de desconto em cartão CNT) e levei a minha garrafa de água (reutilizável).
No supermercado, comprei (€0.57) um bolo mole (nada de coisas que fazem barulho) para comer na sala, como sobremesa (a sessão era às 13:30).
Antes de começar o filme, tirei o bolo da embalagem e embrulhei num dos guardanapos que havia sobrado no almoço. Não precisei de incomodar ninguém com barulhos irritantes, capice?
Compras no centro comercial, só a reserva que tinha na farmácia. 🙂
Sempre que possível, tentei poupar sem sacrificar aquilo que gostava, embora isso nem sempre seja possível ou até realista.
É verdade que deixei de ir ao cinema com frequência, isso foi um sacrifício consciente. É uma das coisas que sinto falta: ir mais vezes ao cinema.
Por isso, activamente faço a rubrica “cinema em casa” para me recordar que ainda há muitos filmes que não vi e que posso ver a custo zero. Também posso pagar um mês de uma plataforma de conteúdos online (por exemplo se estiver de férias), quase o valor de um bilhete.
E se quiser mesmo, posso comprar um MeoCard que me permite ter crédito no videoclube sem ser cliente.
Em suma, tendo colmatar o sentimento de privação, procurando alternativas mais económicas.
Outro exemplo são os meus queridos livros.
Porque precisei de poupar, procurei alternativas para os livros novos a €20. Passei a comprar mais livros usados, primeiro em portais de venda de usados, como novos e a metade do preço, depois em alfarrabistas onde estavam ainda mais baratos e finalmente em lojas solidárias onde os compro a um preço irresistível.
O resultado é que nunca tive tantos livros em toda a minha vida, nem quando tive dinheiro para o fazer. A minha biblioteca está cada vez mais rica e já ultrapassa os 500 exemplares. E isto aconteceu quanto comecei a poupar.
Também nunca teria podido ter recheado as estantes das minhas sobrinhas, não fossem as oportunidades que encontrei em lojas solidárias.
Ou seja, ao tentar poupar, acabei por encontrar forma de aumentar exponencialmente o meu consumo.
Nem sempre uma vida de poupança é sinal de sacrifício. Frequentemente é apenas saber gastar os nossos recursos de forma mais estratégica.
Para quem faz férias cá dentro, ou quer ter um ar de férias, quando se está a trabalhar, nada como procurar eventos culturais gratuitos locais. E o verão está cheio deles.
Ciência Viva
Em primeiro lugar, não esquecer as actividades Ciência Viva que ocorrem por todo o país.
Este ano o destaque vai para os rios, os seus ecossistemas e os serviços que nos prestam. Consulte as acções “Por este Rio Acima” que decorrem até 15 de Outubro.
Não se sintam desencorajadas/os pela necessidade de reservas ou ausências de vagas. Sempre que me inscrevi para uma lista de espera, fui chamada.
Fugas locais
As páginas dos municípios podem ser um excelente locais para descobrir actividades gratuitas.
Por exemplo, este fim-de-semana (entre as 15 e as 20 horas), o Porto Busker Fest, terá um encontro de estátuas-vivas, que vai juntar 10 artistas na Rua das Flores.
Além desta reunião de estátuas-vivas, as propostas deste fim de semana do Porto Busker Fest incluem música, comédia e acrobacias.
Mas se preferem algo mais zen e à sombra, há o o programa municipal Dias com Energia, em parques e jardins do Porto. A participação é gratuita e sem necessidade de inscrição.
Por exemplo, no sábado há Pilates na Quinta do Covelo e no domingo, Pilates, Yoga e Capoeira no Jardim Arca d´ Água. Mais informações aqui.
Em casa
Sou honesta, não irei aproveitar nenhum dos eventos que menciono, dada a previsão de subida de temperaturas prevista para este fim-de-semana. Não me dou nada bem com o calor.
Mas planeei um excelente dia de repouso com um bom livro, um filme que gravei (de entre a programação semanal), e uma taça de pipocas caseiras que planeio fazer para acompanhar.
Ou talvez aproveite que gravei já dois filmes da série Corto Maltese e veja esses dois, antes do terceiro que será emitido no domingo.
Tenho imenso por onde escolher porque, como a formiguinha, fui amealhando as gravações.
Há imensos serviços de subscrição de filmes, livros, audio livros, banda desenhada e música, que oferecem períodos gratuitos (geralmente 30 dias) para experimentação.
Não fiquei muito impressionada com o catálogo, ainda assim, há bastante por onde escolher. Dentro de todo o catálogo, há os filmes/séries pagos/as e há os de acesso gratuito, incluído na subscrição prime.
Dispensa apresentações, não é verdade? Mesmo depois de aproveitarem o mês gratuito e cancelarem, de vez em quando a Netflix envia um email oferecendo mais 30 dias.