O consumo de produtos próximos do fim da validade pode ser uma estratégia eficaz para poupar dinheiro, pois muitas vezes são vendidos a preços reduzidos sem comprometer a segurança ou a qualidade dos alimentos.
Assim, vai ser um dia para colocar a uso a minha máquina manual de moldar hambúrgueres e fazer algumas almôndegas. Mas também para separar uns bifes e nacos para estufados e talvez um pouco de picado pré-cozinhado para bolonhesa.
Para ficarem com uma ideia do que é possível fazer numa hora e com 1 quilograma de peru, deixo-vos com uma lista do que fiz numa sessão anterior:
12 hambúrgueres (finos para grelhar, servem-se dois por refeição)
15 almôndegas (grandinhas para estufar)
1 porção de tirinhas de peru (para grelhar)
1 porção de carne picada para bolonhesa
Esta estratégia, não só maximiza o aproveitamento da carne, como também facilita a preparação das refeições ao longo das semanas, promovendo uma alimentação variada e económica.
Este fim de semana, aproveitei a promoção do Pingo Doce em peito de peru para fazer almôndegas, hambúrguers e lasanhas para mim e para os meus pais.
Infelizmente, fi-lo de forma tão desorganizada que acabei com almôndegas a mais e hambúrgueres a menos. Pior, esqueci-me de comprar folhas de lasanha e por isso fiz poucas, com o que ainda tinha em casa.
Também não descongelei tomates suficientes para fazer o molho de tomate para as almôndegas.
Em suma, algum planeamento, um ou dois dias antes, teriam permitido maior eficiência e melhores resultados.
3kg de peito de peru renderam:
cerca de 50 almôndegas
6 hambúrgueres
6 doses de lasanha
1 dose de estufado (molho à bolonhesa)
Termino com uma dica, que observo sempre: no dia da preparação, aproveito sempre o mais fácil para a(s) refeição(ões) seguinte(s).
Neste caso, como estufei carne picada, fiz um jantar rápido: “massa à bolonhesa” e o almoço do dia seguinte foi lasanha (já só precisei de fazer o bechamél e montar a lasanha).
Hoje tenho uma folga a meio da semana, por isso decidi fazer algumas tarefas pendentes.
Uma delas era processar e congelar uma perna de peru (4€). Como vivo sozinha e não sou fã de peru assado aos baldes, costumo dividir a perna da seguinte forma:
– carne do coto, sem cartilagens: para picar (rendeu 45 almôndegas);
– carne da perna, com cartilagens: aos cubos para estufar (costumo congelar num frasco de azeitonas, encho o frasco);
– carne junto ao osso: para assar.
As almôndegas têm meia curgete, uma cenoura, um alho francês pequeno, 1/4 cebola grande, sal, pimenta e pimenta caiena.
Pico os legumes à parte, porque ficam picados mais uniformemente. Depois junto à carne e continuam a picar com a carne.
Hoje foi menos de 1 hora, porque não me apetecia passar a manhã na cozinha.
Idealmente, fazia também uma panelada de molho de tomate e já cozinhava as almôndegas. Assim, iam para o congelador já prontas a comer.
Não há nada melhor que ter uma refeição já preparada no congelador. E se essa refeição tiver um molhinho para molhar o pão, melhor ainda.
Idealmente, cozeria o feijão preto de raiz. Porém, um enlatado é a segunda melhor opção: económica e rápida.
Por vezes, temos de optar entre um atalho e não fazer nada.
A vantagem adicional do feijão preto enlatado é que já vem bastante bem temperado. É à prova de más/maus cozinheiras/os. 🙂
Por outro lado, uma feijoada destas, é EXCELENTE para aproveitar sobras do frigorífico, desde carnes a legumes. Eu faço sempre uma panelada com legumes.
Depois, é só congelar em unidoses e têm sempre refeições preparadas no frigorífico.
Para aqueles dias em que só tenho um triste e insosso arroz branco para a marmita, eu esforço-me por enriquecer as saladas.
No que respeita a reembolsos, recebi €1.99 da Buitoni. Significa que demoraram menos de 15 dias a processar o pagamento. Ainda vão a tempo porque a página diz que há “555 ofertas disponíveis”.
Já agora, não desperdicem o papel de impressão deste tipo de vales de desconto. Num instante fazem um bloquinho de notas.
Na cozinha
Esta semana aproveitei a acumulação dos descontos em frango do campo e peito de frango, com um cupão de 25% de desconto em carne de frango.
Passei o sábado a fazer almôndegas e hambúrgueres, para mim e para a minha mãe. Hoje, fiz um estufado de frango picado.
Vai tudo para o congelador, para refeições futuras.
Passei a semana a gastar restinhos do congelador. Aquele bocadinho disto e daquilo. Nada como um estufado de carne e uma sopa para aproveitar tudo.
Apesar do desaire, já tenho uma outra dose no frigorífico, a descongelar. A marmita para amanhã está feita.
Sobremesas
Também fiz gelatina e um bolo de noz.
É uma boa altura para gastar as gelatinas porque ainda está calor; no inverno não apetece. Assim, não corro o risco de, no próximo verão, descobrir que alguma passou de validade.
Dedidi não correr o risco de deixar o pão estragar-se e fiz duas mega rabanadas. Oficialmente, a melhor forma de não desperdiçar pão.
Compras ao vizinho, que é agricultor urbano
Felizmente, passei a ter um vizinho que tem vendido os excessos da sua produção agrícola. Os preços não são exagerados (atrevo-me a dizer que são óptimos), e qualidade excede os produtos do hiper.
Comprei batatas a €0.50/kg e são excelentes.
E ponham os olhos nesta abóborazinha que foi um prazer partir. Foi um sol que abri na cozinha.
Paguei €1 pela abóbora e rendeu 1,5kg (e picos) depois de descascada. O “e picos” refere-se ao que coloquei na panela da sopa, de imediato.
Obras em casa
Tenho andado com muita preguiça, mas estou motivada para não deixar passar o tempo do calor, quando as coisas secam mais depressa.
Livrooooos grátis
Continuo a ler furiosamente, aproveitando tudo aquilo a que não consigo resistir, na biblioteca pública. Mais, tenho aproveitado para adoptar livros infantis para as minhas sobrinhas. Se me oferecem, eu aceito.
Também comprei um livro recente (está no TOP e a €18), para uma das minhas sobrinhas. Comprei-o localmente, por €10, no OLX.
Gastei o último euro que tinha na loja Bertrand. Tinha algumas opções guardadas na “lista” e aguardei até que houvesse promoção nas entregas grátis.
E esta foi a minha semana. Se excluir o pecadinho das bolachas com bonecos, até me correu muito bem. Fiz um almoço na restauração, mas foi inevitável e só gastei €2.60.
Se tivesse que escolher uma dica de poupança para Outubro, é que gastassem os conteúdos do vosso congelador (e não só).
Foi um panelão de feijão preto, cozinhado com legumes, que agora é só guardar no congelador. Adoro cozinhar para o congelador, porque são futuras refeições que não terei de fazer; basta acompanhar com um arroz simples.
O kilograma de peito de peru não estava em promoção. Infelizmente a necessidade de aproveitar algum tempo livre ditou a compra. E é de aproveitar o tempo que fala este post e de uma grande amiga: a máquina de fazer hambúrgueres.
Em lojas de utilidades para a casa, já tenho visto entre os €2.90 e os €9.00. E costumam vir com os discos de papel incluídos. Os discos são importantes mas com uma tesoura, podem facilmente ser feitos com papel vegetal.
O processo é simples: um disco em cada lado, um bocadinho de carne picada no meio (dependendo da grossura desejada) e pressionar.
Tiram a tampa inferior e pressionam o mecanismo para sair o hambúrguer.
Numa hora (desde o que pegam na loiça limpa para preparar, até a pousarem no lava loiças/na máquina da loiça suja) e com 1 kilograma de peru prometo que conseguem fazer:
12 hambúrgueres (finos para grelhar, servem-se dois por refeição)
Não aditei temperos, mas isso é uma questão de gosto pessoal. Eu usei o pão demolhado para que os hamburgueres não fiquem tão secos, mas como já os faço finos para grelhar, isso pode ser dispensado. A dica li no Organizar a Casa, mas foram surgindo outras sugestões: courgete ralada, cenoura ralada, etc.
Preparação:
Picar o pão embeber em leite. Picar a salsa e a cebola.
REFEIÇÃO 1
Cortar uma porção de tirinhas de carne.
REFEIÇÃO 2
Picar carne para 1 porção de “bolonhesa” (que podem começar logo a cozinhar)
REFEIÇÃO 3
Continuar a picar carne e misturar bem (com as mãos) com o pão, salsa e cebola. Se desejarem podem aditar temperos.
Moldar os hamburgueres que sugiro que coloquem numa taça, ligeiramente desalinhados para ser mais fácil a separaração após congelar. Depois de estarem congelados, costumo passar da taça para um saco de congelação, pois ocupam menos espaço.
Dica para o antes: uma máquina da loiça e/ou lava loiça desimpedido, irá facilitar imenso a vossa tarefa
Dica para o depois: é vital desmontar a máquina para que fique bem lavada. Ao pressionar, há carne que fica no interior, que sem desmontar, é quase impossível lavar convenientemente.
Cozinhar para o congelador é uma das minhas estratégias preferidas para poupar tempo e dinheiro. Quase sempre, limito-me a fazer uma refeição em quantidade e depois congelo em unidoses.
Por exemplo, carne picada estufada, depois de congelada em doses, pode ser utilizada numa bolonhesa, num empadão, numa lasanha…
Acção:
Escolher uma refeição que seja boa para congelar e planear fazê-la em maior quantidade.
Geralmente, quando se fala de preparação de menus como estratégia de poupança, há a tentação de se falar dos grandes planos de cozinhar num dia as refeições de um mês, encher arcas e afins.
Há aplicações, folhas excel, mapas bonitos e todo um sistema que, pode ser muito bom, mas nem sempre se adequa ao nosso estilo de vida.
Por exemplo, eu estou limitada pelo pouco espaço de congelador. E frequentemente, pela preguiça.
Mas tenho feito os possíveis para libertar espaço no meu congelador e evitar desperdício alimentar.
Por vezes, apenas 5 minutos (já na cama) com um papel e uma caneta e consigo alinhavar uma estratégia de ataque: o que tenho para gastar e o que posso fazer com o menor esforço.
Não é bonito, nem sempre corre como planeado, mas raramente corre pior do que se não tivesse organizado antes.
E é assim que um rascunho muito mal amanhado, também pode ser a face visível da poupança.
Com o congelador cheio, em Novembro, estou a gastar cerca de €20/semana (e isso inclui um stock de 30 pacotes de leite (€17.70) que vai dar para mais de um mês).