Dia Mundial da Poupança

Há cerca de três anos tinha dívida de crédito pessoal em cartão de crédito, estava na iminência de ficar desempregada e a viver numa casa a meter água pelo telhado e com o chão a apodrecer. 

 

No dia em que criei o Descontos, tudo mudou. Passei a zelar pelo que ganhava, auto-responsabilizando-me pelo que fazia e, acima de tudo, pelo que desperdiçava.

 

Não há fórmulas mágicas, há trabalho que pode ser feito e os frutos – três anos depois – são: zero dívidas, um fundo de emergência de €1500, uma poupança de €1200 em certificados de aforro, obras na casa no valor de €3.000. E uma paz de espírito que não tem preço.

 

Os meus pequenos grandes passos:

– Decidi inventariar as minhas compras de supermercado e descobri dezenas de euros em produtos cuja validade havia expirado. Mais aqueles que não usava e outros tantos duplicados. 

– Deixei de comprar itens que desperdiçava depois de usar uma vez: molhos, ingredientes gourmet ou extravagantes. Mas também a dar uso a sobras e “restos disto e daquilo” que deixava estragar antes de utilizar.

Passei a poupar todos os pequenos gastos: revistas, objectos sem utilidade real, roupa que permanecia no armário com etiqueta,

Deixei de ter o hábito de fazer as refeições nos dias úteis na restauração: pequeno-almoço (meio da manhã), lanche, almoço. 

– Passei a levar para o trabalho uma marmita.

– Passei a ter no trabalho um pacote (ou mais) de bolachas e sacos de chá (posso utilizar a chaleira eléctrica comum) ou a levar lanche de casa.

– Investi numa garrafa térmica e numa garrafa de água reutilizável.

– Passei a valorizar todos os cêntimos poupados no supermercado.

– Deixei de comprar comida processada (e com isso menos medicação para o estômago) e passei a valorizar o que gastava em comida boa, nomeadamente boa fruta e legumes da época. É exemplo disso o facto de ter abdicado de comprar manga e não abdicar de escolher sempre banana da Madeira.

– Passei a valorizar todos os cêntimos poupados em todo o lado.

– Passei a utilizar uma chaleira eléctrica na cozinha.

– Passei a planear refeições em função das promoções.

– Passei a cozinhar para sobrar: para a marmita e/ou congelador.

– Investi num edredão de aquecimento (grau 5) e dois sacos de água quente. Com isso, deixei de utilizar o aquecedor eléctrico de colchão (não estou certa que seja esse o nome, mas coloca-se debaixo do lençol).

– Passei a recolher a água fria (no início do duche ou da lavagem dos dentes) para um balde, que posteriormente utilizo no autoclismo. Também aproveito a água do duche.

Investi em lâmpadas LED.

– Passei a deitar-me mais cedo e a levantar-me mais cedo, poupando electricidade.

– Eliminei o serviço de televisão paga e eliminei o televisor do quarto.

– Cortei nas chamadas de telemóvel.

– Passei a remendar para poupar e em vez de comprar.

– Eliminei as máquinas de café e o consumo de café – em seis meses consegui eliminar a cafeína e passar a beber cevada torrada.

 

Alguns destes hábitos demoraram anos a serem implementados, mas acredito no que a minha mãe me ensinou Pequenas poupanças, grandes mudanças. 

 

Poupem muito e poupem bem.

 

https://descontos.blogs.sapo.pt/1940502.html

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