Senti que ontem, dei um passo muito importante.
Era fácil comprar:
– estava na loja por causa de outro compromisso perfeitamente justificável
– o objecto tinha utilidade
– o objecto tinha uma excelente desculpa para ser adquirido: iria ajudar-me na organização
– o objecto tinha o potencial de ser partilhado
– o objecto tinha dois modelos bastante em conta: €9,00 e € 19,00
– eu queria mesmo muito o objecto
Mas na verdade, aquele grilinho não parava de dizer:
– a utilidade é finita: há um limite para a quantidade de objectos que podes etiquetar numa casa
– a utilidade é subjectiva: há muitos outros métodos ( que já tenho disponíveis ) para fazer etiquetas (nomeadamente outras etiquetas maiores compatíveis com a impressora)
– provavelmente as potenciais partilhas não seriam concretizadas por falta de interesse (nem todos acham tanta piada a etiquetadoras como eu)
– a etiquetadora vinha com etiquetas demasiado coloridas fazendo com que tivesse de comprar fita para etiquetas a preto e branco e como é óbvio a que eu gostava era a mais cara
– cada fita adicional custava €13,00
– era mais um objecto para arrumar numa gaveta, parado, durante meses, senão anos!
Seria mais um brinquedo para adicionar àqueles que quero tirar de casa. Mais uma despesa a somar ao factor latte. Uma despesa desnecessária, mais motivada por consumismo que qualquer outro impulso. Mais um objecto inútil.
Eu não comprei uma etiquetadora. Não porque não pudesse dispender dos €10.00, mas porque dei um passo noutra direcção. E tudo começou porque pensei antes de comprar. Parece simples mas não é, pois não?
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