Manuais escolares digitais: Não!

Post inicialmente publicado em 22.02.2017

 

Na semana passada (teria sido há duas semanas atrás?), a propósito da cíclica discussão à volta do peso das mochilas escolares (com o seu conteúdo, claro), começaram a sugerir como alternativa, os tablets com manuais digitais.

 

Mandam as regras da blogosfera, que se comentem temas actuais para ter muitos comentários, partilhas, tráfego… Cá a menina precisou de vários dias para evitar muitos adjectivos.

 

Informo que as próximas palavras serão contidas e culminam na minha (forte) oposição à utilização de manuais escolares digitais.

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DESVANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES DIGITAIS

 

  1. Os tablets avariam e partem-se com facilidade.
  2. As baterias dos tablets só têm garantia de 6 meses.
  3. A logística de carregar as baterias em ambiente de aula seria um pesadelo.
  4. Mesmo com seguro de reparação e accionamento da garantia do tablet, as crianças ficariam sem ferramentas durante o período em que tablet estivesse a ser reparado (cerca de 1 mês).
  5. Os custos de utilização de manuais escolares digitais com tablet seriam maiores que a dos manuais em papel (se acham se os preços dos manuais desceriam para justificar o investimento num tablet, é porque não acompanham os preços ebooks).
  6. Os estudos mais recentes têm advertido para riscos na utilização prolongada de ecrãs para ler e o impacto do tipo de estímulos neurológicos associados à utilização de computadores.
  7. O ensino através de multimédia não se resume a conteúdos animados e a sua utilização teria de ser precedida de formação de quem a vai utilizar como ferramenta.
  8. Os pais não estão preparados para os riscos relacionados com a segurança informática.

SUGESTÕES DE COMO DIMINUIR O PESO EM MOCHILAS ESCOLARES

 

  1. Estabelecer a obrigatoriedade de manual único – não existe qualquer razão, excepto a margem de lucro das editoras, para que os pais comprem múltiplos livros para cada disciplina (actividades e afins).
  2. Estabelecer a obrigatoriedade de um peso máximo ou número máximo de páginas para cada manual – pode parecer absurdo, mas seria a única forma de evitar a criação de mega livros (xico espertice); bastaria utilizarem, como referência, o número médio de páginas, dos últimos 3 anos, dos manuais existentes.
  3. Dividir o manual escolar em fascículos ou partes (percebem agora a necessidade do ponto 2?).


Notem que não sugiro os cacifos como a solução. Faço-o porque ainda não me explicaram como isso seria compatível com a existência de trabalhos de casa.

 

https://descontos.blogs.sapo.pt/3370263.html

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