Em Portugal, as mulheres trabalham 48 dias por ano sem receber qualquer remuneração – este é o impacto real do diferencial salarial de 13,2% no salário base revelado pelo Barómetro das Diferenças Remuneratórias de 2024 (dados de 2022), que se agrava para 16% quando considerado o ganho total.

Tinha este conteúdo numa imagem interactiva, mas não consegui colocar no post. Fica para outro dia 🙂

Com a crescente tensão política global e a perspectiva de mudanças significativas no cenário internacional em 2024, muitas/os de nós sentimos a necessidade de nos prepararmos para um período de maior instabilidade. O (muito) provável retorno de Trump à presidência dos EUA já causa ondas de preocupação nos mercados financeiros e na estabilidade global. Não se trata de alarmismo, mas de preparação consciente.

Preparação financeira imediata

• Tomar a vacina da gripe e ter medicamentos SOS para sintomas gripais (mais sobre o tema aqui)
• Antecipar algumas compras, tendo em vista a tendência de subida de preços em Janeiro
• Comprar medicamentos de uso contínuo, tendo em vista a tendência de subida de preços em Janeiro

Natal frugal e consciente

• Organizar com a família uma estratégia de “amigo secreto” com limite de valor
• Priorizar presentes úteis e duráveis
• Considerar presentes feitos em casa
• Planear refeições com antecedência para evitar desperdício
• Começar já a comprar ingredientes, com base nas promoções semanais

Porque se sindicalizar? (A Dica Mais Importante)

Terão reparado que não fiz a(s) habitual(ais) publicação(ões) sobre o Dia Mundial da Poupança.

A verdade é que, por mais que nos esforcemos para poupar cada cêntimo, por mais que façamos contas à vida e cortemos em tudo o que é possível, estamos a lutar uma batalha desigual. Enquanto os salários continuam estagnados ou perdem poder de compra, vemos os lucros das grandes empresas a bater recordes.

Sabem quanto ganha o CEO da Jerónimo Martins (Pingo Doce)? 13 mil euros POR DIA

Não me interpretem mal – continuo a defender a importância de gerir bem o nosso dinheiro. Mas hoje quero falar de algo mais fundamental: a necessidade de nos unirmos e lutarmos coletivamente por condições mais justas. É por isso que a sindicalização é tão importante:

• Proteção contra instabilidade económica
• Negociação coletiva mais forte
• Rede de suporte profissional (nomeadamente jurídico)
• Acesso a benefícios e recursos partilhados
• Força coletiva em tempos de mudança política

A acção individual tem alcance limitado. Por isso, mais do que nunca, é hora de nos unirmos e lutarmos pelos valores que Abril nos trouxe: o direito a um salário digno, à proteção laboral, a uma vida decente. A sindicalização não é apenas um direito conquistado – é uma ferramenta essencial para garantir que esses direitos não se percam no tempo, que não voltemos atrás.

Unidos somos mais fortes.