Se antes disse que isto não é Extreme Couponing, devo dizer que aprendi imenso com os vídeos disponíveis no YOUTUBE, nomeadamente dando-me uma outra perspectiva sobre a utilização dos vales de desconto.
Também há uma “ciência” sobre a utilização dos vales de desconto. A estratégia poderá variar, consoante estejam perante vales de desconto de produtos que costumam comprar com frequência ou os extras (ou futilidades), ou perante diferentes tipos de desconto.
O blog Criatividade em Movimento tem um post exaustivo por onde poderão começar.
Mas vamos por partes:
Experimente grátis/Reembolso de percentagem
Numa interpretação mais lata, eu considero estes como vale de desconto. Aliás é das raras oportunidades de ter produtos a custo €0,00. Implica que façam a compra (recomendo que facturem à parte, para ficarem com o talão apenas desse produto), enviem o talão para a marca e que aguardem o reembolso.
Por exemplo, há uns meses a Henkel oferecia 50% de reembolso de uma selecção dos seus produtos, que incluía vários produtos que utilizo. Foi uma excelente oportunidade para “investir”, comprando detergentes para os quais não costumo ter vales de desconto. 1 a 2 meses depois, recebi um cheque de €5,00.
> Colgate
> Delícias de Bacalhau (fresco)
Vales de desconto em percentagem
Neste caso, há que fazer contas. Vamos utilizar como exemplo um produto vendido em duas embalagens diferentes: amido de milho que vamos precisar para fazer o nosso leite creme de natal.
Embalagem de 0,5 kg – € 1.80 = € 3.60/kg
Embalagem de 2 kg – € 5.46 = € 2.73/Kg
Significa isto que o vosso amido de milho ficará mais barato se comprarem em maior quantidade. Mas só se efectivamente o gastarem e não deixarem passar o prazo de validade.
Vamos agora experimentar um desconto de 10%.
Embalagem de 0,5 kg = € 1.80
1.80 – 0.18 (10%) = € 1.62 (0.5 kg)
€ 3.24/kg
Embalagem de 2 kg = € 5.46
5.46 – 0.55 (10%) = € 4.91 (2 kg)
€ 2.45/kg
Olhar somente ao valor final do desconto e não ao preço por capacidade não faz sentido. Devem ter isso em atenção, quando comparam marcas e produtos.
Vales de desconto em valor fixo
A mesma experiência com um vale de desconto de € 0.30 que é habitual a quem subscreve a revista Lusitana
Embalagem de 0,5 kg = € 1.80
1.80 – 0.30 = € 1.5
€ 3.00/kg
Embalagem de 2 kg = € 5.46
5.46 – 0.30 = € 5.16
€ 2.58/kg
Com apenas um vale de desconto eu diria que é de comprar a segunda embalagem. Mas imaginem que tenho 4 vales de desconto, ou sei que terei o vale de desconto com frequência.
Façamos as contas:
Comprando a embalagem de 0,5 kg (€ 1.80) preciso de 4 embalagem para os mesmos 2 kg da embalagem maior:
1.80 x 4 = € 7.20 (2 kg)
desconto € 0.30 x 4 = € 1.20
7.20 – 1.20 = 6.00
Preço final de 2 kg = 6.00
Ainda assim, as 4 embalagens de amido de milho de 0,5 kg, mesmo aplicando 4 vales de desconto, ficam mais caras que comprar 1 embalagem de 2 kg, sem aplicar nenhum vale de desconto.
Mas se o vale de desconto tiver um valor maior, isso já não acontece:
1.80 x 4 = € 7.20 (2 kg)
desconto € 0.60 x 4 = € 2.40
7.20 – 1.20 = 4.80
Preço final de 2 kg = 4.80
Assim, nem sempre compensa aplicar um vale de desconto, por isso, nada de precipitações.
Neste caso, quanto maior fôr o valor do vale, mais compensará optar por um custo inicial baixo, mesmo que com uma capacidade menor de produto.
Não acreditam?
Imaginem uma produção de pastilhas para lavar louça na máquina:
Embalagem de 42 pastilhas = 6.00 – 3.00 (vale) = 3.00 = 0.07/pastilha
Embalagem de 100 pastilhas = 12.00 – 3.00 (vale) = 9.00 = 0.09/pastilha
Por isso, não se deixem iludir pelos vales e utilizem-nos com “ciência”.
https://descontos.blogs.sapo.pt/9615.html
