Foi precisa muita força de vontade para fazer uma salada/massada com ingredientes no frigorífico, em vez de pedir a entrega de uma pizza (nem queijo tinha em casa).
Sim. Poupar implica sacrifícios.
E não vale dizer: uma vez não são vezes. Porque na verdade, essas “uma vez” nunca são só uma.
Ainda no dia 9 encomendei uma refeição no restaurante local.
Também já só tinha kiwis, no que respeita a fruta.
Reforcei-os com um bocadinho de açúcar e vinho do Porto. Tudo fica melhor com um bocadinho de vinho do Porto.
E assim, com um extra aqui e ali, fiz uma refeição bastante decente, como o mínimo de esforço (só grelhei rodelas de curgete).
Um dos primeiros blogs sobre como poupar para eliminar dívidas, retratava a jornada de uma jovem que decidiu começar pela cozinha.
Recordo-me vivamente do dilema de comer um qualquer alimento numa lata com a data de validade ultrapassada. Comeu, não morreu e poupou até ficar livre de dívidas.
Frequentemente, a grande poupança é a soma de milhares de decisões de poupar, no dia a dia.
Eu fico apenas com aquilo a que darei utilidade. E frequentemente dou utilidade aos objectos que não serão “doáveis”.
Por exemplo:
uma bacia plástica, que usarei para as cascas, durante a preparação de alimentos, que depois vão para compostagem,
um pires sem chávena (eu uso sempre um pires para o pão do pequeno almoço… migalhas),
e um copo de café.
E se pensam que compro novas chávenas, só porque se parte uma asa…
Eu não precisava do pires e do copo, mas sei que entregar numa loja solidária é sobrecarregar o espaço com algo inútil para venda e que provavelmente acabará no lixo.
Por isso, parece-me que a acção mais sustentável será dar-lhes uso, enquanto puder.
Já a bacia, estava mesmo a precisar de uma maior do que a que tenho utilizado. Yeah!