Estou a ler um livro fascinante: O Efeito Checklist de Atul Gawande, que demonstra a importância das checklists (fichas de verificação) em quase todas as áreas da nossa vida, mas em especial em áreas de grande complexidade e com grandes quantidades de informação.
Ás tantas, uma história que interessará ao consumidor que há em si:
no âmbito de um programa de saúde pública nos bairros de Karachi (quatro milhões de pessoas a viver em condições de pobreza crónica, falta de comida, fontes de água contaminadas e esgotos a céu aberto), um trabalhador ficara a saber que a Procter & Gamble “estava ansiosa por provar os méritos do seu novo sabão antibacteriano Safeguard“.
Assim conseguiu que a empresa distribuísse sabão no âmbito de um estudo, com grupos de controlo: com sabão antibacteriano, com sabão normal e sem sabão.
Encorajavam as pessoas a usar o sabão em 6 momento chave e os resultados foram notáveis, por exemplo, “a incidência de diarreia entre crianças naquelas zonas baixou 52 por cento quando comparada com a do grupo de controlo, independentemente do sabão que era utilizado”.
E isto, apesar de continuarem a beber água contaminada.
“Ironicamente, disse Luby, a Procter & Gamble considerou o estudo algo decepcionante. A equipa de pesquisa não tinha encontrado nenhum beneficio acrescentado ao facto de o agente antibacteriano estar presente no sabão. O sabão normal provou ser igualmente eficaz.”
Estão recordadas/os do período em que o monstro papão era a Gripe-A e tivemos uma ministra da saúde nos mandava lavar as mãos com sabão azul?
Espero que tenham gostado. Não resisti a partilhar convosco.
Este livro foi requisitado numa biblioteca, onde fui com o meu próprio pé. 😉
https://descontos.blogs.sapo.pt/2385759.html